quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Amor Celeste

Eu vi anjos
e eles voavam
eu vi anjos
e eles brilhavam
eu vi anjos
e eles me acharam
eu vi anjos
e um deles se destacou
eu vi um anjo
e ele me olhou
eu vi um anjo
que comigo falou
sonhei com o anjo
que no sonho me beijou
sonhei com o anjo
que por mim se apaixonou
desejou não ser anjo
para poder me amar
desistiu da pureza
para comigo ficar
mas o cruel destino
traçou os caminhos nossos
não consentindo
que fossemos esposos
com uma espada de bronze
transpassou nossos corações
separou nossos corpos
mas não nossa alma
não nos amamos
mas nosso amor não morreu
hoje uma flor nasce
no lugar onde me conheceu!
                                                 [Luciana di Souza]

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Contradições



Quero fazer poesia, mas não tenho sentimentos...
esgotaram-se todos dentro do meu ser ...
não me considero vivente
não tenho coração
nada pulsa em mim
não tenho sangue correndo nas veias
não respiro esse ar contaminado
cheio de futilidades e erros
não ando
não quero pisar nesse chão ensanguentado
não vejo
não vou compactuar com esses absurdos
não vou escrever
pois ate minha caneta esta habituada a descrever as doçuras de um amor que eu nunca vivi!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Displicência


     De todas as coisas que já quis escrever, essa é sem duvida a mais infeliz. Não direi o que se passa, direi como me sinto. Sinto-me como se tivesse sentença de morte, quebrada em mil pedaços e atira ao chão. Meu coração transpassado. Por fora permaneço intacta, porem por dentro, sou apenas um montinho de sentimentos feridos.
     Meu caro leitor, o que se passa não te interessará, pois são apenas problemas rotineiros, nada de novo, nada que tu já não tenhas visto em outro lugar. O que muda é quem vive, e como vive. Provavelmente, a leitora mais fervorosa serei eu mesma, por que somente eu conheço as razões deste escrito. Sei a sua utilidade. Tu lerás até o final por pura curiosidade.
    Às vezes a minha frieza me surpreende e se confunde com o meu lado guerreiro, não sei se sou fria ou se sou forte, só sei que essas duas variantes me rodeiam. Não escrevo por escrever, escrevo por necessidade, é o que me mantém viva. Tu podes ter se visto nesse texto, como também pode não ter feito sentido algum. Eu porem cumpri a minha sentença.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Minhas Reticências

Faço minhas essas palavras organizadas de forma brilhante "Escrevo por que sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser, e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias".